João Afonso, aparelhador, e sua mulher, Catarina Pires, fizeram edificar a conhecida Capela de Jesus, na aldeia, cerca de 1474, ano em que a instituíram oficialmente e a dotaram com algum património. O processo foi conduzido essencialmente por Catarina Pires, já viúva do dito João Afonso, tendo, esta, associado à administração da capela, Pêro Anes, seu filho. Se a administração desta capelania viesse a sofrer de incumprimento, caberia à Confraria de Santo Estêvão, de Leiria, prover ao devido cumprimento do estabelecido pelos fundadores.
Esta Capela de Jesus da Golpilheira – a qual, em 1721, é referida como do Bom Jesus – virá a receber o contributo, para além dos fundadores, como se referiu, de outros golpilheirenses distintos. De facto, por 1650, sabemos que à sua história se havia ligado, entretanto, um Diogo Frade, que nela estabeleceu uma capelania de 20 missas por ano.